sexta-feira, 18 de maio de 2012



As vezes, sinto falta de coisas que não sei bem oque são.
Talvez seja a falta de um lugar pra me encontrar, algo que me preenchesse o tempo todo, sem que esse vazio me corroesse e me levasse somente a você.
Quero algo mais pra me tirar dessa solidão. Algo que embale os meus sonhos e me mantenha seguro. Mas não são pessoas, são coisas. São objetos, lugares, coisas, estilos de vida, trabalhos, experiencias.
Preciso de algo mais forte e duradouro, algo que me passe a segurança e me acabe a desconfiança.
Sinto falta de algo que eu não sei bem o que é.
Talvez seja saudades do passado, uma fase que não mais voltará, um lugar pelo qual eu passei e acabei deixando pra trás. Uma vida que fosse somente minha, e que me desse o chão pra pisar, a nuvem pra cair, o broto pra plantar e a luz pra acabar com essa escuridão.
As vezes me sinto um fantasma, levitando sobre um mar de decepções e de ilusões buscando um lugar seguro pra repousar. Me sinto só, largado pelos meus sonhos e meu coração que cansou de sonhar e teve que me abandonar.
Perdi minha individualidade, minha gana, minha forca e até meus objetivos reais.
É como se eu estivesse vivendo um sonho e a qualquer momento posso acordar, mas nem sei se esse sonho é bom... Cansei de perder as coisas, as pessoas, as chances, as oportunidades! Sinto vontade de me enferrar dentro de casa e esperar a morte chegar. Mas há momentos em que eu quero viver intensamente. Mas o que viver se o que eu realmente quero viver é muito difícil? Então sofro na espera.
O que eu realmente queria era viver ao seu lado o tempo todo. Pois em você, encontrei um projeto de vida, uma luz, um caminho, um navio que me salvou do afogamento... Com você eu me conheço, me individualizo, me amo e me prezo. Pois meu amor por você, me alimenta. Mas assim tao distante é como viver um sonho pela metade. É como acordar numa manha ensolarada e descobrir ao olhar pela janela que o sol não está ali.
É ter o paraíso e não saber como usar, ter uma casa e não saber onde morar, ter vida e não saber viver...
É , tal;vez eu só precise de você, onde me perco é em você que eu me encontro, porque quando estou do seu lado tudo fica azul. Na paz, numa boa...
As vezes eu sinto falta de algo que eu não... Eu nem sei.

terça-feira, 8 de maio de 2012



Eu sou forte.
Foi essa fortaleza que me trouxe até aqui.
Já perdi muitas coisas nessa vida e aprendi que perdas são necessárias pra evoluirmos.
Eu sou forte.
Provei dos piores venenos, caí das nuvens mais altas e escorreguei inúmeras vezes.
Foi essa fortaleza que me trouxe até aqui.
Cuidei das pessoas que eu amei; Engoli um milhão de sapos e sobrevivi as minhas guerras interiores.
Plantei a semente do bem e do mal; Colhi amor e desprezo...
Sujei o meu nome, senti muito frio ao deixar alguém, escolhi viver pra mim.
Subi em vários telhados te procurando
Deixei que o medo tomasse conta de mim e me livrei dele com o tempo.
Enganei a morte, esqueci da sorte e pulei a cerca.
Fui sincero, escuso, carinhoso e deplorável; Soube ser maduro quando precisei.
Terminei com as minhas preces, aluguei minhas vestes, cumpri todos os horários.
Eu renasci pra mim mesmo.
Eu sou forte.
Foi essa fortaleza que me faz estar aqui escrevendo.
Tudo pra não me perder no tempo e nem me deixar esquecer que eu sou forte.
Sim eu sou forte.
Foi essa fortaleza que me trouxe até... Aqui.
Foi então que eles se perderam.
Perderam a comunicação, a ligação, a cumplicidade.
Eles se perderam no vão, no chão, na escuridão.
Se perderam nas palavras duras e frias, nas brigas, nas discussões.
Se perderam nas idas e vindas, nos perdoes, nos portões do paraíso.
Eles lutam pra se reerguerem, pra se verem, pra se manterem,
Eles lutam por uma causa, por um motivo, por alguém.
Eles lutam pelos sonhos, pelos desejos, pelas vontades e atitudes.
Eles tem atitude, disposição mas nem sempre paciência.
Sim, eles continuam se perdendo um no outro, um mais fraco outro mais forte,
Mas ainda juntos, intactos, parados, abertos.
Ainda não se conhecem o bastante, num instante na estante é o bastante, por enquanto.
Eles se caçam, se bebem, se comem, se esvaziam e secam.
Eles se molham na chuva, na rua, na largada final do posto 6.
Eles se olham, se sentem, se dobram, se perguntam e choram.
Eles são fortes.
Há quem diga que vai durar, há quem acredita que vá acabar
Mas eles apenas vivem, se adoram, se amam e comemoram.
Nossa, há um bom tempo juntos, sortudos, justos, contudo.
Dias ruins, dias bons, com sons, dons e palavras perdidas.
Eles perderam a paciência, a palavra, o sentimento e o cordão.
Mas não perderam o amor, o calor, o ardor da ingenua flor que desabrocha.
Ainda estão juntos, mas não se preocupam com o futuro.
Num presente incerto, deserto, sem teto, certo, entendo.
Eles precisam de tempo, de lugares e oportunidades.
E a saudade que insiste em bater nos dois, a dois, ou dois, nem foi.
Eles não se perdem, se encontram.
É, eles se amam!